A identificação de erros de concordância verbal, especificamente em alternativas de múltipla escolha, constitui uma habilidade fundamental na análise linguística e no domínio da gramática normativa da língua portuguesa. A relevância desse exercício reside na sua capacidade de refinar a compreensão das regras que regem a relação entre o sujeito e o verbo, um elemento essencial para a produção textual precisa e eficaz. O estudo da concordância verbal transcende o mero apego a normas gramaticais, contribuindo para a clareza comunicativa e a credibilidade da escrita em contextos acadêmicos, profissionais e cotidianos.
Assinale a alternativa que apresenta erro de concordância verbal
Natureza e Função do Verbo
O verbo, enquanto palavra variável, desempenha um papel central na estrutura da oração, expressando ações, estados ou fenômenos. Sua flexão em número e pessoa deve, obrigatoriamente, estar em harmonia com o sujeito da oração. A não observância dessa regra, a concordância inadequada, resulta em erros que comprometem a inteligibilidade do texto e denotam uma falha no domínio da gramática. Assim, compreender a função do verbo e as nuances de sua flexão é essencial para identificar e corrigir erros de concordância.
Identificação do Sujeito
A identificação precisa do sujeito é o primeiro passo para verificar a concordância verbal. O sujeito pode ser simples (um único núcleo), composto (dois ou mais núcleos), oculto (elíptico), indeterminado ou inexistente (oração sem sujeito). Cada tipo de sujeito impõe regras específicas de concordância. Por exemplo, em um sujeito composto posposto ao verbo, a concordância pode ser feita tanto no plural quanto com o núcleo mais próximo, dependendo da ênfase pretendida. Ignorar a complexidade do sujeito pode levar a interpretações equivocadas e, consequentemente, a erros de concordância.
Casos Especiais de Concordância Verbal
A língua portuguesa apresenta casos específicos de concordância verbal que exigem atenção redobrada. Expressões partitivas ("a maioria de"), coletivos ("a multidão"), pronomes relativos ("que", "quem"), e verbos impessoais ("haver", "fazer" indicando tempo decorrido) são exemplos de construções que demandam um conhecimento aprofundado das regras gramaticais. A concordância com o verbo "ser" também merece destaque, pois varia de acordo com o termo a que se refere. O domínio desses casos especiais é crucial para evitar deslizes na escrita e para garantir a correção gramatical.
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Análise de Alternativas em Questões de Concurso
Em questões de concurso ou avaliações acadêmicas, a habilidade de identificar erros de concordância verbal em alternativas é testada. As alternativas podem conter erros sutis, envolvendo casos especiais, inversões de sujeito e verbo, ou o uso inadequado de tempos e modos verbais. Uma análise cuidadosa de cada alternativa, considerando a estrutura sintática da oração e as regras de concordância, é fundamental para selecionar a resposta correta. A prática constante na resolução de questões similares contribui para o desenvolvimento dessa habilidade.
A concordância verbal se refere à relação de harmonia entre o verbo e o sujeito em número e pessoa. A concordância nominal, por sua vez, diz respeito à concordância entre o nome (substantivo) e seus determinantes (artigos, adjetivos, pronomes e numerais) em gênero e número.
Para identificar o sujeito, pergunte ao verbo "quem?" ou "o que?". A resposta a essa pergunta, que concorda com o verbo em número e pessoa, é o sujeito da oração. É importante lembrar que o sujeito pode estar oculto, indeterminado ou ser inexistente.
A concordância com o verbo "ser" é variável. Em geral, concorda com o predicativo do sujeito quando este se refere a pessoa, ou com o termo que exprime quantidade, preço, medida. Quando se trata de pronomes demonstrativos, a concordância usualmente se faz com o pronome.
O verbo "haver" é impessoal quando usado no sentido de existir ou de tempo decorrido. Nesses casos, ele é conjugado na terceira pessoa do singular e não possui sujeito.
A regra geral para a concordância com sujeitos compostos é que o verbo deve ir para o plural. No entanto, existem exceções, como quando os núcleos do sujeito são sinônimos ou quando o sujeito composto está posposto ao verbo, permitindo a concordância com o núcleo mais próximo.
A regência verbal, que determina a necessidade ou não de complementos verbais e a preposição que os introduz, não influencia diretamente a concordância verbal, que se estabelece entre o verbo e o sujeito. No entanto, uma má regência pode gerar frases confusas que dificultam a identificação do sujeito e, consequentemente, a verificação da concordância.
Em suma, a análise de alternativas em questões sobre erros de concordância verbal exige um conhecimento sólido das regras gramaticais, a habilidade de identificar o sujeito da oração e a familiaridade com os casos especiais de concordância. O domínio desses elementos contribui para a proficiência na língua portuguesa e para a produção de textos claros, precisos e gramaticalmente corretos, fundamentais para o sucesso acadêmico e profissional. A contínua prática e o aprofundamento no estudo da gramática representam um investimento valioso para aprimorar as habilidades de leitura e escrita.